sábado, 15 de setembro de 2007

Dalai Lama em Potugal

Dalai Lama esteve em Portugal durante dois dias e não foi recebido oficialmente nem por José Sócrates nem por Cavaco Silva. A cruzada moderna "anti - religiosa" (a juntar a outra, o "anti - americanismo") começa a dar os seus frutos. Já que os mais altos representantes do nosso país se recusam, devido a alguns problemas de laicismo agudo a receber o "lider espiritual dos budistas", ao menos que se dignem em receber o "prémio Nobel da Paz e responsável POLÍTICO do Tibete" que tem sido um exemplo defesa de Direitos Humanos não só para a causa que defende mas também para o resto do Mundo.
Para tentar salvar as honrras governativas esteve presente o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Luis Amado que usou da sinceridade (valha - nos isso) para dizer que o governo não poderia receber Dalai Lama "devido a motivos que se prendem com as relações entre a China e Portugal". Apesar de poucos acharem este motivo suficiente para não se receber Lama, o ministro sempre conseguiu vir a público e falar verdade aos portugueses. Já José Sócrates prefiriu invocar motivos de "agenda pólítica" (a tal agenda que por estes tempos inclui a recepção ao parvalhão do Bob Geldof em São Bento mas que não arranja tempo para receber Dalai Lama).
No meio de toda esta lamentável situação tenho também algumas dúvidas que partidos políticos como o Bloco de Esquerda que se dizem tão tolerantes quanto às diferentes religiões (todas menos a Católica, essa religião que há poucos séculos atrás ainda queimava pessoas e é a principal responsável pela ignorância na profana e maldita sociedade capitalista que estes "iluminados" tanto odeiam) receberiam o Papa Bento XVI como fizeram com Dalai Lama. Talvez por considerarem a religião budista uma religião "cool" decidam fazer uma coisa que não fariam se a pessoa em questão fosse Ratzinger.

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